Apae de Jales ganha Centro de Ecoterapia

Sem necessitar de pesquisa científica, é fácil citar alguns dos incontáveis benefícios de ter um animal de estimação ou mesmo estar próximo deles. Claro que vale dizer que é preciso também gostar de animais.

No entanto, o que muitos não sabem, é que os animais também podem ser protagonistas de terapias de reabilitação de pessoas com deficiência. Instituições e profissionais que trabalham com este tipo de terapia relatam ótimos resultados. E uma das terapias que fazem uso de animais é a ecoterapia, que trabalha com cavalos.

A Ecoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou necessidades especial.

Na sexta-feira, dia 30 maio, a Apae de Jales, mantenedora da Escola Especial “Ana Eduarda Marques Silvestre” inaugurou seu Centro de Ecoterapia, que leva o nome de Manoel Rossafa Rodrigues e Aurora Sanches Rodrigues, uma homenagem a família Rossafa devido o sr. Manoel ter sido presidente da entidade.

A palavra Equoterapia® é patenteada por uma Associação e só pode ser usada por instituições filiadas a ela, como a Apae não é, o nome dado foi Ecoterapia.

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CENTRO DE ECOTERAPIA DA APAE

O Centro de Ecoterapia da Apae dispõe de instalações físicas e equipamentos adequados, conta com uma equipe técnica habilitada, cavalos treinados e funcionários de serviços gerais, com a finalidade de prestar um atendimento de qualidade.

De acordo com a fisioterapeuta da instituição, Mírian Ribeiro, umas das responsáveis pelo método na Apae, o atendimento ecoterápico deve ser iniciado mediante o parecer favorável em avaliação médica, psicológica e fisioterápica. “As atividades ecoterápicas devem ser desenvolvidas por uma equipe multiprofissional com atuação interdisciplinar, que envolva o maior número possível de áreas profissionais nos campos de saúde, educação e social”, afirmou.

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OBJETIVOS

A meta da Ecoterapia é buscar habilitação, reabilitação e benefícios biopsicossociais para o praticante.

No novo Centro de Ecoterapia da Apae, o método é aplicado por intermédio de programas individualizados organizados de acordo com, as necessidades e potencialidades do praticante, a finalidade do programa, os objetivos a serem alcançados, com três ênfases: a primeira, com intenções terapêuticas e educacionais, utilizando técnicas que visem, principalmente, à reabilitação física ou mental, a segunda com fins educacionais ou sociais, com a aplicação de técnicas pedagógicas aliadas terapêutica, visando á integração ou reintegração sócio familiar e por fim a terceira, com fins de inserção/reinserção social.

Profissionais das áreas de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, pedagogia e educação física com o curso básico de ecoterapia podem ministrar o método, que, segundo a fisioterapeuta Mírian, é indicado para pessoas com deficiências intelectuais ou múltipla ou até mesmo com transtorno global do desenvolvimento.

“Os trabalhos já foram iniciados com as avaliações e 11 praticantes já deram início na terapia”, comentou a Mírian.

No contexto social, a ecoterapia ainda é adequada para diminuir a agressividade, deixar o paciente mais sociável, fazer amizades, amenizar antipatias e treinar padrões de comportamento como: ajudar e ser ajudado, adaptar as exigências do próprio indivíduo com as necessidades do grupo, diminuir e aceitar regras, concordar com as próprias limitações e as limitações do outro.