A inveja é a arma dos incompetentes

Minha intenção no último post era falar sobre a “Inveja”,  esse sentimento tão feio,  mesquinho, e que sua simples pronúncia me causa arrepios na espinha. Todavia terminei por mudar a direção do assunto e falei sobre o preconceito, algo tão igualmente repugnante.

Já vi muito nesse mundão da internet pessoas dizendo aquela famosa frase “Sua inveja faz a minha fama.” Comentário ridículo.

Inveja não faz a fama de ninguém, muito pelo contrário, somente traz coisas ruins e energias negativas. Deixa a pessoa  desanimada, cansada, com o corpo pesado, sem vontade de fazer nada. Quem nunca teve essa sensação de mal-estar? O que realmente leva uma pessoa a ter inveja de outra?

Apesar do indivíduo que é alvo de inveja possa ser atingido pelas energias negativas que lhe são direcionadas, o outro lado costuma sofrer muito mais. Estudos já mostraram que a pessoa que vive tensa, se incomoda demais com o sucesso alheio e deixa o ódio tomar conta do seu coração está mais sujeito a doenças emocionais e cardíacas que podem reduzir a expectativa de vida.

De acordo com o dicionário Inveja significa:

1. Desgosto pelo bem alheio.

2. Desejo de possuir o que outro tem (acompanhado de ódio pelo possuidor).

O significado dessa palavra vai muito além do que explica o dicionário. É considerado um dos sentimentos mais impuros e difíceis  de ser expulso do ser humano, e também um dos vícios que mais causa sofrimento nas pessoas. Onde houver apego à materialidade das coisas, naquilo que o objeto representa bem-estar e status, lá estará a inveja rondando como um abutre faminto, seja esse objeto palpável ou não.

Existem pessoas que ficam como cães de guarda sempre alertas ao menor ruído, basta alguém se destacar em algo, por mais baixo que seja e lá estará presente o invejoso apto para tentar diminuir o feito de seu próximo. Um calçado diferente, uma roupa da moda, um carro, um novo namorado ou mesmo um brinco, se torna motivo para elogios nem sempre sinceros. Uma simples comparação com outro indivíduo e uma antipatia por não ser como os outros são, é considerado um efeito da inveja. Uma vez que esta não existe sem tal comparação.

Não é errado batalhar para conquistar o conforto necessário à subsistência e às condições materiais indispensáveis, contudo sem prejudicar o próximo. Se alguém possui uma virtude ou um objeto que nos falta, desejá-los com sinceridade e humildade não é inveja.

A inveja surge cínica e atraente quando sentimos uma sensação de perda, um vazio não completo pela causa desejada, principalmente num pensamento destrutivo que leva a nos considerar mais merecedores da conquista do que o outro indivíduo.

A pessoa invejosa não suporta ver um novato invadindo seu território, que em sua negligência deixou de ocupar por comodismo e incompetência. Ela se sente atingida e agarra-se com unhas e dentes ao espaço que pensa que é seu.

O invejoso passa a boicotar o próximo, vai invadindo com fofocas e armadilhas estrategicamente planejadas, com a intenção de destruí-lo. Ele quer provar que é melhor que o outro, mas em seu íntimo a verdade é severa e amarga, sente-se menor e tenta de todas as maneiras se enaltecer, se vangloriar. Visto que desse modo atenua o mal-estar do desequilíbrio.

O objeto de desejo, só nos concede satisfação quando a conquista é própria, e não quando é feita em cima da obtenção do outro. Destruir o próximo, não fará você chegar onde  ele chegou. Sua personalidade, sonhos, desejos, características não são iguais as de outras pessoas. Assim não adianta usá-las como alcance para a vida que é sua.

A inveja é um instinto de destruição corrompido, paralisado, que conduz o invejoso à degradação de si próprio.

Faça por merecer, batalhe, não desista, conquiste seus objetivos por mérito próprio, seja eles materiais ou não.