Apagão teve origem em função de condições meteorológicas, diz MME

 

Blecaute ocorreu após problemas em 3 linhas de transmissão no PR e SP.
Causas do apagão devem ser divulgadas após reunião do CNOS à tarde.

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou nesta quarta-feira (11) que o apagão que deixou dez estados brasileiros no escuro teve origem em função de condições adversas meteorológicas. Em entrevista coletiva nesta manhã, ele afirmou que os problemas ocorreram em três linhas de transmissão, que recebem energia vinda da usina hidrelétrica de Itaipu (PR).

apagão

Segundo o secretário, as panes ocorreram em duas linhas que ligam a cidade de Ivaiporã, no centro do Paraná, a Itaberá, no sul de São Paulo. E outra, em uma estação que liga Itaberá a Tijuco Preto (SP).

A energia, segundo o secretário, foi restabelecida quatro horas depois do começo do blecaute, que teve início às 22h14 de terça-feira (10). “Não há danificação de equipamentos. Houve uma frente [fria] muito forte, com ventos e chuvas muito fortes, concentradas em Itaberá”, explicou. A cidade recebe circuitos da usina hidrelétrica de Itaipu e redistribui energia para outras regiões.

Zimmermman destacou, porém, que as causas do apagão ainda não foram exatamente definidas. A origem do problema deverá ser apresentada em reunião marcada para às 17h, no Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico (CNOS).

“Foi uma perturbação. Agora, se faz uma análise bastante aprofundada da área com o Operador Nacional do Sistema (ONS). O ministro determinou ontem a convocação emergencial do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que será realizada hoje às 17h”, disse Zimmermann. “Há todo um esforço do setor para analisar as causas e tomar as medidas necessárias para minimizar esse tipo de situação”, completou.

Sem adiantar a causa exata, o secretário-executivo apontou que o problema, a princípio, teria ocorrido após o sistema acionar mecanismos de defesa. “Todo o sistema de transmissão cria uma situação que pode fazer o circuito desarmar uma linha e não causar nada. Nesse caso, tivemos três simultaneamente. O sistema para se proteger aciona uma série de mecanismos de proteção para salvaguardar. Prova disso é que quatro horas depois você tinha toda a carga religada no Brasil”, destacou.

Zimmermann também afastou a possibilidade de o problema ter sido causado por alguma sabotagem. Questionado se a falta de investimento no setor elétrico pode ter contribuído com o apagão, o secretário negou. Segundo ele, o sistema elétrico sempre está sujeito a essas perturbações. “O país hoje é o que tem o sistema mais interligado do mundo. O Brasil vem investindo pesadamente em um sistema de transmissão robusto. Aumentamos a interligação”, disse.

Apagão de 2001

Zimmermann descartou qualquer semelhança entre o apagão de 2001, que provocou o racionamento de energia no país, com o ocorrido na noite passada. “A situação que ocorreu em 2001 era falta de energia. O que se teve agora é uma situação que não tem problema de falta de energia, foi um problema elétrico que levou a essa perturbação”, explicou.

Segundo ele, há oito anos faltava investimento no setor elétrico brasileiro. “Não tinha o investimento necessário em transmissão e geração, o que levou àquela situação que o país teve que racionar. Era contínuo, porque não tinha geração para atender.”

Você acredita que  esse blecaute foi em função de condições meteorológicas? Hum…sei não!

 

Uniban anula decisão e aceita aluna hostilizada de volta

Aluna havia sido expulsa por ir à aula com vestido curto.
Defesa de Geisy pretendia entrar na Justiça para ela voltar.geisy2

Três dias após decidir pela expulsão da estudante de turismo Geisy Arruda, de 20 anos, a Uniban recuou e resolveu aceitar que ela volte a frequentar a universidade.

A informação, confirmada pelo assessor jurídico da universidade, Décio Lecioni Machado, foi anunciada no fim da tarde desta segunda-feira (9), poucas horas depois de o advogado da estudante – hostilizada no dia 22 de outubro por ter ido à aula com um vestido curto – ter informado à imprensa que procuraria a Justiça nesta terça (10) para pedir o retorno da jovem à sala de aula.

Em nota à imprensa, a Uniban informou que, “de acordo com o artigo 17, incisos IX e XI de seu regimento interno, revoga a decisão do Conselho Universitário (Consu) proferida no último dia 6 sobre o episódio do dia 22 de outubro em seu campus em São Bernardo do Campo. Com isso, o reitor dará melhor encaminhamento à decisão”.

A expulsão se tornou pública após a instituição veicular anúncio publicitário nos jornais deste domingo (8).

Logo após saber da nova posição da instituição particular de ensino, o G1 entrou em contato com Nehemias de Melo, que defende Geisy. O advogado informou que não havia sido informado oficialmente sobre a volta da aluna de turismo. “Eles devem ter parado para refletir”, comentou. Em entrevista coletiva na tarde desta segunda, Geisy informou que quer concluir o semestre na Uniban, mas pretende mudar de faculdade ano que vem.

O Ministério Público Federal de São Paulo anunciou que instaurou um inquérito civil público para apurar a sindicância feita pela Uniban que havia resultado na expulsão de Geisy, que cursava turismo no campus de São Bernardo, ABC, desde fevereiro. Segundo órgão, o inquérito pretendia averiguar se a aluna teve o direito de defesa respeitado.

A expulsão se tornou pública após a instituição veicular anúncio publicitário nos jornais deste domingo (8) e alegar que a jovem cometeu “flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade”.

A jovem foi humilhada e agredida verbalmente pelos estudantes da Uniban por ter ido à universidade usando roupa curta. Geisy precisou ser escoltada pela polícia e deixou a universidade em meio a xingamentos.

 Procon

Ainda nesta segunda-feira, a Fundação Procon-SP instaurou um procedimento administrativo para averiguar a conduta da Universidade Bandeirante (Uniban) ao expulsar a estudante. Em comunicado, o Procon-SP afirmou que, “na qualidade de órgão de defesa do consumidor, entende ser de fundamental importância verificar de que forma a Uniban, prestadora de serviços educacionais, pautou a sua decisão de quebrar o contrato com a aluna e consumidora de forma unilateral”.

Antes de saber que a Uniban voltou atrás, o Procon-SP adiantou que a universidade seria chamada para prestar esclarecimentos e que o órgão irá analisar os fatos e, posteriormente, “adotar as medidas pertinentes de acordo com o que estabelece o Código de Defesa do Consumidor”. Se for constatada alguma irregularidade nesta quebra de contrato, a Uniban poderá ser multada. De acordo com o código, a multa mínima é de R$ 212,88 e pode passar dos R$ 3 milhões.

OAB-SP

A Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) também divulgou nota nesta segunda-feira repudiando a decisão da Uniban em expulsar a estudante, qualificando a atitude como “forma de intolerância”.

No documento, a OAB-SP diz esperar “um amplo debate sobre a questão com a participação das partes, apuração isenta dos fatos e a fixação de regras claras que não deixem, no futuro, margem para incentivar novos atos de violência ou qualquer preconceito”.

Veja íntegra da nota da Uniban:

“O Reitor da Universidade Bandeirante – UNIBAN BRASIL, de acordo com o
artigo 17, incisos IX e XI, de seu Regimento Interno, revoga a decisão do
Conselho Universitário (CONSU) proferida no último dia 6 sobre o episódio
do dia 22 de outubro, em seu campus em São Bernardo do Campo. Com
isso, o reitor dará melhor encaminhamento à decisão”. 

Universidade Bandeirante – UNIBAN BRASIL

UniTaleban na verdade, certo?