22 de julho, a tragédia norueguesa

Acabei de assistir ao filme “22 de Julho”, disponível na Netflix, que trata dos atentados ocorrido em Oslo, capital da Noruega, e no acampamento de verão na ilha de Utoya.
Os ataques aconteceram no dia 22 de julho de 2011, cometidos por Anders Breivik, FUNDAMENTALISTA CRISTÃO DE EXTREMA DIREITA que se posicionava CONTRA MINORIAS E IMIGRANTES.
Um cara EXTREMAMENTE PATRIOTA (Noruega e Europa acima de tudo e de todos).
Assistir 22 de Julho e escrever sobre ele é uma tarefa difícil, dada a atual situação do Brasil. Claro, é um tanto quanto catastrofista pensar que a história dos atentados ocorridos na Noruega possam se repetir aqui no país,  mas ainda assim o filme toca nos extremismos e discursos de ódio disfarçados de opinião que, bem, não precisa passar muito tempo no Facebook para encontrá-los.

Anders Behring Breivik detonou uma bomba no centro de Oslo danificando prédios do governo norueguês no entorno, matando oito pessoas e dezenas de feridos. Horas depois,
Breivik atirou à queima-roupa contra estudantes de diversas nacionalidades que participavam de um acampamento promovido pelo Partido Trabalhista na ilha de Utoya. A cada jovem e criança que ele matava gritava: “Morram marxistas”!
Entre 400 e 600 pessoas, a grande maioria adolescentes, participavam do evento. Breivik tirou a vida de 68 pessoas em Utoya e deixou centenas de feridos.

Breivik se tornou um radical através das redes, APRENDEU A MATAR E ODIAR NA INTERNET. Ele justificou a ação dos seus atos por ser contra o multiculturalismo e a política migratória norueguesa.

O filme retrata não apenas a política de imigração, multiculturalismo, mas também eleições, racismo e ideias de renovação política. Ressalta questões sociais e políticas em uma obra forte que cria reverberações com a atual situação política mundial.
Por favor, ASSISTAM! Façam comparações, tirem suas conclusões!

 

Coração partido

Passamos por momentos de plena felicidade em nossa vida.
Momentos estes que nos marcam de uma forma surpreendente e nos transformam, nos comovem, nos ensinam e muitas vezes nos machucam profundamente.

Acredito que as pessoas entram em nossa vida sempre por alguma razão, algum propósito. Às vezes o difícil é descobrir qual…mas sei que existe. Elas nos encontram ou nós as encontramos meio que sem querer, não há programação da hora em que encontraremos estas pessoas.

Mas o que não esperamos é que alguém entre em nossas vidas e parta nosso coração.

Dói tanto que parece que o peito vai explodir de tanta angústia. Perdemos a vontade de comer e todos os dias são apenas uma grande mancha cinza sem fim. Motivação para sair da cama? Zero! A vontade é afundar no colchão e nunca mais acordar. Autoestima e confiança são palavras que não fazem mais sentido.

O que esperamos é que tudo isso passe um dia, pois antes do nosso coração ser partido em milhões de pedacinhos, nós éramos um ser maravilhosamente único, com sonhos, vontades e desejos.

Além do psicológico totalmente abalado, destabilizado por conta da decepção amorosa, existem os “sintomas físicos” que essa particular dor nos causa também. O corpo responde sim, e muito, quando nosso coração é partido em dois.

 

1. Insônia

– Mesmo para aqueles que nunca tiveram problemas para dormir, o coração partido e a insônia parecem andar de mãos dadas. Você fica refletindo sobre seu amor perdido.Seu corpo está exausto, mas sua mente e seu espírito nunca descansarão. Infelizmente, a insônia pode levar à depressão e à ansiedade. E igualmente aumenta seu risco para outros distúrbios de saúde, tais como a pressão sanguínea elevada e doenças cardíacas.


2. Problemas digestivos

-Você pode perder o apetite ou você pode comer compulsivamente. Sentir náuseas, indigestão, dores severas e cólicas, ou até mesmo úlceras estomacais. Quando sofremos um turbilhão de emoções, nosso estômago absorve a maior parte do impacto.


3. Névoa mental

– Estresse, insônia e agitação emocional podem contribuir para um abrandamento do cérebro. Você pode se ver  incapaz de se concentrar  em uma tarefa. Você pode se sentir mais lento do que o normal, como se seu cérebro estivesse andando em areia movediça.


4. Sensibilidade às doenças

– Já foi comprovado como o stress causado pelo coração partido comprometem o sistema imunológico. Como resultado, o coração fica vulnerável, assim como o corpo. Um sistema imunológico fraco, deixa você suscetível a infecções virais, bactérias e irregularidades hormonais – como se você não estivesse sentindo-se horrível o suficiente.


5. Dores de cabeça

– Vários tipos de dores de cabeça – especialmente enxaquecas – são causadas ou agravadas pelo stress. Para aqueles que já possuem fadiga mental e insônia também podem ser agravados por este problema.


6. Dor no peito

– Chamam de coração partido por uma razão – pode doer assim como um braço ou uma perna quebrada. Dor no peito é um sintoma físico comum, em resposta ao stress extremo. Isso pode se manifestar como dor aguda, tensão, pressão, espasmos, ou mesmo palpitações cardíacas. Você pode sentir como se estivesse tendo um ataque cardíaco real.“Quando você se recompor, mesmo que aparente estar intacto, você nunca será o mesmo que foi antes da queda. ” Escreveu Jodi Picoult. Nunca nos recuperamos do coração partido. Não voltamos a ser quem éramos antes. Em vez disso, nós nos reconstruímos. Podemos nos tornar pessoas maiores, mais fortes e mais empáticas de nossos problemas.

Internet: a invasão dos imbecis com discurso de ódio

Ano 2017, domingo, 12 de novembro.

São 14:56h ainda não almocei, e mesmo com fome, muita fome rs, não pude deixar de comentar algo que há muito tempo vêm me incomodando. No entanto hoje lendo um pouco sobre Umberto Eco reencontrei a frase perfeita para fazer uma introdução à esse assunto: as manifestações de ódio na Internet, no qual falarei no próximo post (sem fome).

“As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a humanidade. Então, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis.”

– Umberto Eco, após uma cerimônia em que recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, em 2015.

Em breve falaremos sobre.

 

 

Precisamos falar sobre Kelly

Hoje reativo meu blog falando da monstruosidade que fizeram com a jovem Kelly Cristina Cadamuro. Sim, monstruosidade, pois fica um pouco difícil chamarmos simplesmente de “crime”.

Confesso que estou bastante tocada com esse “crime”,  uma vez que me identifiquei muito com Kelly. Ela viajava com frequência de Guapiaçu, na região de São José do Rio Preto, onde morava, para Itapagipe, em Minas Gerais, onde reside o namorado, o engenheiro Marcos Antônio da Silva. Para dividir as despesas, a jovem compartilhava as viagens com pessoas do grupo formado por meio do WhatsApp.

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Reprodução/Facebook – Kelly tinha apenas 22 anos de idade

Eu, Bruna, também tenho um namorado que reside em outra cidade, 580km daqui. Não é fácil manter uma rotina “normal” de encontros, visto que os gastos com o transporte ficam bem onerosos. Nunca participei “ativamente” de grupos de caronas em redes sociais ou por aplicativos, mas reconheço que entrei em uma comunidade online para tentar carona, porém como não respondi nenhuma solicitação e mensagem dos membros, acabei sendo desligada do grupo. Que sorte!

De acordo com informações de familiares, Kelly  era dedicada ao trabalho e fazia economia porque planejava casar e ter filhos.

A TRAGÉDIA 

A jovem desapareceu na noite de 1 de novembro, uma quarta-feira,  após combinar pelo WhatsApp uma carona com um casal de Rio Preto, que na hora da partida, só apareceu o homem, em seguida identificado como Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos. Ele cumpria pena por diversos crimes e foi favorecido com a saída temporária de Páscoa, mas nunca retornou à prisão.

O namorado de Kelly, através do aplicativo de mensagens, demonstrou preocupação a respeito do trajeto da moça com o carona  Veja na imagem abaixo.

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O corpo de Kelly foi localizado no dia 2 de novembro, com as mãos amarradas, seminu, com marcas de estrangulamento e com a cabeça imersa num córrego, entre as cidades de Itapagipe e Frutal, em MG. Câmeras de segurança de uma praça de pedágio mostraram Jonathan retornando sozinho com o veículo da jovem. O carro foi encontrado sem o aparelho de som e sem os quatro pneus próximo de Mirassol – SP.

É com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) que a  Polícia Civil de Frutal  trabalha. Exames iniciais não confirmaram violência sexual. De acordo com a confissão do criminoso, a jovem teria resistido e lutado, “obrigando-o” , sim obrigando-o a amarrá-la.

Exames comprovaram que a jovem foi agredida e estrangulada. O homem teria falado que pretendia apenas roubar e escolheu a vítima aleatoriamente, porém a polícia acredita que ele premeditou o crime.

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Kelly era somente uma garota de 22 anos, talvez assim como você, assim como eu. Trabalhava e estudava, assim como você, assim como eu. Tinha sonhos, queria constituir família, assim como você, assim como eu. Era apaixonada pelo namorado, que vive longe, talvez assim como você, assim como eu.

Qual foi o erro dela? Nenhum!

Vejo por aí muitas pessoas culpando a vítima, pois ela ofereceu carona. “Onde já se viu dar/pegar carona com estranhos? Ah, ela estava pedindo para morrer!”

Não gente, ela não estava pedindo para morrer. Kelly apenas não enxergou a maldade naquele ser. Não passou em seu pensamento que o pior poderia acontecer. Ela estava acostumada a compartilhar as idas e vindas desse trajeto, para ela seria somente mais uma viagem comum, como as outras.

Essa monstruosidade poderia ter acontecido com qualquer um, comigo ou com você. E não me venha se abster desse perigo, pois não só de caronas morrem Kellys por aí. É só realizar breves pesquisas na rede e descobrirá que numa noite qualquer uma jovem sofreu violência sexual após pegar um Uber e talvez outra tenha sido abusada ao voltar de táxi para casa.

A culpa não foi de Kelly, a culpa nunca é da vítima.

Especialmente nesse caso, a culpa é nossa, que vivemos em um país com leis e governantes que permitem que esses tipos atrocidades aconteçam e ainda assim continue tudo do mesmo jeitinho de antes. Contudo não entrarei nesses detalhes hoje, do contrário digitaria nesse espaço até amanhã.

Hoje precisamos somente falar sobre Kelly…

 

Resgate dramático: Cavalo vítima de maus-tratos é resgatado em Jales

Um cavalo foi encontrado abandonado na sarjeta próximo ao recinto de exposições de Jales (SP) na última quinta-feira, dia 10. Voluntários da ONG “AmigoBicho” se mobilizaram para resgatar o animal depois de receber uma denúncia.
Segundo os veterinários que fizeram o atendimento do cavalo, ele estava em estado avançado de desidratação e não tinha forças para ficar em pé. Depois de receber medicamentos, os voluntários chegaram a levar toalhas e cobertores para aquecê-lo, pois ele tinha tomado muita chuva durante o dia e estava tremendo de frio.

O animal precisou ser transportado em uma pá carregadeira para um local coberto, no recinto de exposições da cidade. O cavalo foi adotado e será levado para um sítio.
A expectativa dos veterinários é que ele consiga se recuperar, apesar de estar bem debilitado. O abandono e maus-trados é crime e o infrator pode ser condenado a prisão de três meses a um ano, além do pagamento de multa. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorrer a morte do animal. Voluntários da Ong tentam identificar quem seria o dono do animal. A polícia investiga o caso.

OBS: Para quem não sabe, Jales é a cidade que eu vivo. Infelizmente há muitos casos parecidos com esse, envolvendo cachorros e gatos. Realmente não sei onde a “humanidade” vai parar…

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Sobre corrupção…

“A corrupção é histórica, é estrutural e ela não é do governo, ela pertence a uma interpretação ética bastante difundida na sociedade (…) e a corrupção é, como diria o Barão de Itararé, a negociata, o bom negócio para o qual não me convidaram. Ou seja, eu sou absolutamente ético e probo quando se trata de atacar o negócio que não me favorece e quando me favorece é um jeito, uma maneira, o jeitinho clássico (…) a corrupção é parte estrutural da sociedade brasileira, inclusive dos governos (…) a mudança tem que começar na escola com a não conivência com a fraude escolar, ela tem que atingir o governo, tem que atingir as família de pais que ensinam filhos, por exemplo, a técnicas pouco usuais ao concordarem que o filho copie um trabalho da internet (…) isso é um processo estrutural, orgânico, que começa na educação das crianças, sobre o que é mentir ou não mentir, seduzir ou não as crianças com elementos de corrupção: “se você fizer isso, eu te dou aquilo”, isso é um elemento de corrupção que começa muito cedo”.

Vergonha alheia

Cada vez que o povo brasileiro decide se unir para protestar contra algo ou alguém, neste caso, especificamente falando a presidente Dilma Rousseff, já imagino o tanto de bobagem que brotará desses atos, claro, partindo de alguns poucos.

Não! Não sou contra as manifestações, desde que sejam pacíficas e com um propósito. Eu como cidadã brasileira, pagadora de impostos e desempregada (no momento), o que mais almejo é o fim dessa corrupção, dessa roubalheira toda. Não sou idiota, óbvio que não concordo com a atual situação econômica e política de nosso país.

Porém sabemos que essa corrupção sempre existiu, independentemente de ser desse ou daquele partido político. O momento está difícil? Sim, e muito, mas hoje mesmo em conversa com minha mãe ela me lembrou que na época do FHC as coisas estavam muito mais complicadas com a inflação altíssima. Nós passávamos com arroz e feijão.

Eu não me recordo, afinal de contas eu era uma criança que ainda estava aprendendo a conversar. Quem sou eu para falar de crise econômica não?

Enfim, o que vemos nesses protestos são algumas pessoas totalmente alucinadas, que clamam por coisas absurdas que deixam a ‘jornalista desempregada’ aqui morrendo de vergonha alheia.

Estão insatisfeitos? Vão para às ruas, peçam, protestem, exijam, mas sejam mais inteligentes e menos ignorantes. É muita imbecilidade! Estudem mais, please!

PS: Só para deixar claro para alguns, no caso de impeachment da presidente Dilma Rousseff, não é o Aécio Neves quem vai assumir a presidência viu.

Clamam por violência. É só isso! (com erro de português ainda)
Clamam por violência. É só isso! (com erro de português ainda)
Pedem a volta do sr. bigode. Sério?
Pedem a volta do sr. bigode. Sério?
Brilhante a lógica desse menino. Rico nunca roubou, especialmente no Brasil. Parabéns!
Brilhante a lógica desse menino. Rico nunca roubou, especialmente no Brasil. Parabéns!
Neste caso fugiu da escola
Neste caso fugiu da escola
Bônus: se ela queria aparecer, parabéns, conseguiu!
Bônus: se ela queria aparecer, parabéns, conseguiu!

Hospital de Câncer de Barretos, nossa maior joia

Acredito que muitas pessoas devem conhecer ou ao menos ter ouvido falar do Hospital de Câncer de Barretos. Eu particularmente tenho um gratidão eterna com essa instituição (contarei sobre em outro post). Considero esse hospital nossa maior joia, e devemos cuidar com todo carinho dessa preciosidade.

Barretos /SP – 1960 – O único hospital especializado para tratamento de câncer localizava-se na cidade de São Paulo e os pacientes que iam até o hospital São Judas, eram, em sua maioria, previdenciários de baixa renda, com alto índice de analfabetismo. Por isso, tinham dificuldades de buscar tratamento na capital, por falta de recursos, receio das grandes cidades, além da imprevisibilidade de vaga para internação.

No ano de 1967, o médico humanista Paulo Prata, fundador do Hospital São Judas, criou a Fundação Pio XII que passou a atender pacientes portadores de câncer.

Em virtude da grande procura de pacientes e o pequeno hospital não comportar todo crescimento, Paulo Prata, idealizador e fundador, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo hospital que pudesse atender às progressivas necessidades.

Esta pequena instituição contava com apenas quatro médicos: Paulo Prata, Scylla Duarte Prata, Miguel Gonçalves e Domingos Boldrini. Eles trabalhavam em tempo integral, com dedicação exclusiva, caixa único e tratamento personalizado. Filosofia de trabalho que promoveu o crescimento da entidade.

ANOS 80 E 90

Em 1989, Henrique Prata, filho do casal de médicos fundadores do hospital, abraça a ideia do pai e com a ajuda de fazendeiros da cidade e da região realiza mais uma parte do projeto. O pavilhão Antenor Duarte Villela, onde funciona o ambulatório do novo hospital é inaugurado em 6 de dezembro de 1991.

Vista aérea do Hospital de Câncer de Barretos
Vista aérea do Hospital de Câncer de Barretos

Dando sequência ao projeto que vem ganhando grandes proporções com a ajuda da comunidade, de artistas, da iniciativa privada e com a participação financeira governamental, outras áreas do hospital estão sendo construídas para atender via SUS, os pacientes com câncer.

Uma maneira que o hospital encontrou de homenagear estas pessoas que contribuem com esta causa é colocar nos pavilhões os nomes dos artistas.

UNIDADE DE JALES

A unidade de Jales do Hospital de Câncer de Barretos foi inaugurada em junho de 2010. O prédio foi construído a 250 km de Barretos com o objetivo de ampliar a prestação de serviço assistencial e facilitar o acesso ao tratamento para os pacientes que residem em locais mais próximos de Jales. Com uma equipe que conta com 35 médicos e mais de 300 colaboradores, a Unidade já realizou mais de 870 mil atendimentos, tendo atualmente uma média de mil atendimentos/dia, 100% via SUS.

Os pacientes originam-se de cerca 550 cidades distribuídas entre os estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal.

Mantendo os mesmos padrões de qualidade presentes na unidade de Barretos, o hospital possui atendimento ambulatorial, oncologia clínica, radioterapia, diagnóstico por imagem, centros cirúrgicos, endoscopia, colonoscopia e exames laboratoriais, além de contar com unidades de internação e um centro de terapia intensiva.

Atualmente, a unidade possui uma estrutura de cerca de 14.000 m² distribuídos em quatro pavilhões, sendo eles: “Grupo Petrópolis”, “Bruno & Marrone”, “Governador Geraldo Alckmin” e “Eunice e Zico Diniz”.

Hospital de Câncer de Barretos - Unidade  Jales
Hospital de Câncer de Barretos – Unidade Jales

DOAÇÕES

Ajudem o Hospital de Câncer de Barretos. Ajudar faz bem! 🙂
As doações podem ser feitas através do site oficial da instituição. Basta clicar  aqui e escolher a melhor forma para doar.

Recepção unidade de Jales
Recepção unidade de Jales

Prazer, meu nome é Bruna e tenho uma ‘doença’ chamada desemprego

Sim, assumo completamente que estou sem um job há exatos três meses e adquiri uma “doença” chamada desemprego. Explicarei mais abaixo porque resolvi usar esse termo.

Vivo em uma cidade pequena, com uma população estimada em 48.700 habitantes, localizada bem no interiorzão do estado de São Paulo, praticamente na divisa com o Mato Grosso do Sul. Essa cidade tem nome: JALES.

Sempre fui uma pessoa que estudou desde pequena (com quatro aninhos eu já estava na escola) porque essa era a única forma de conquistar algo na vida. Sou de família humilde e minha mãe sempre batalhou para que eu pudesse concluir meus estudos.

Pois bem, fiz jardim de infância, ‘prézinho’, ensino fundamental e ensino médio tudo em escolas públicas. Estudei no extinto Cefam (Centro Específico de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério) público também, e ainda ganhávamos um “salário” porque estudávamos em tempo integral. Depois do Cefam fiz um ano de enfermagem em uma faculdade particular, mas com meia bolsa estudos pelo Prouni (Programa Universidade para Todos). Eu trabalhava em uma confecção de roupas das 7h às 18h (segunda à sexta) e ganhava R$200,00 por mês. Sim, quase escravo não? Mas era para pagar a outra metade da mensalidade da facul. Óbvio que minha mãe ajudava, pois eu não conseguiria. Não concluí a enfermagem por conta de problemas de saúde, tendo assim que pagar pelo tratamento. Bye bye faculdade.

Não desisti. Prestei o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) novamente e obtive uma nota alta, principalmente na redação. Foi então que decidi tentar uma bolsa de estudos para o curso de Comunicação Social/Jornalismo em uma faculdade particular de uma cidade perto da minha. Bingo! Consegui uma bolsa 100%. Me graduei em 2012.

Além disso fiz vários cursos paralelos e neste ano iniciei Gestão Empresarial na Fatec Jales (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo).

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A frustração da minha vida começou quando decidi trabalhar em minha área de formação, nada mais óbvio não? Aí que você se engana!

Jales é uma cidade muito estranha. Aqui você tem duas opções: se sujeitar a trabalhar na área e ganhar uma mixaria, que nem um estagiário de uma cidade maior se submeteria, ou ter o tão falado e famoso Q.I (Quem Indica). Sim!!! Aqui as coisas funcionam dessa forma.

Nem é tão importante você ter uma formação superior, mas se você for filhinho de papai, conhecido de fulano ou cicrano, benhêêê você está dentro! O emprego é seu!

Isso realmente me deixa muito chateada, pois estudei, me preparei, e nem ao menos consigo um emprego na cidade em que nasci. É desanimador você ver pessoas que não entendem coisa nenhuma da profissão, que não são formados ou não tem ao menos estudo, ocupando um lugar que por direito poderia ser seu. Claro, se as coisas fossem feitas da maneira que deveria ser.

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Muitos ainda me perguntam por que eu não vou embora de Jales e tentar algo em uma cidade maior. Tenho meus motivos, família! Os amigos mais chegados sabem do que estou falando. Não é nada fácil, a razão é muito forte.

Falando neles, os “amigos”, somente desempregado você descobre quem são seus verdadeiros. É incrível como os “amigos” desaparecem quando você está passando por um momento complicado. Enquanto você está trabalhando, ganhando seu dinheiro, tu serve para eles. Experimenta ficar sem emprego, a maioria some, somente os mais leais permanecem. Os verdadeiros posso contar nos dedos de uma mão e citar nomes , Fernanda, Vanessa, Cris e Paty.

Não sei qual é o real temor dos supostos amigos , será que estão com medo de ter que pagar minhas contas??? Hahahaha! Me poupe, nunca ninguém precisou pagar nada e não será agora.

Esse fato me deixa triste sim, porque vemos que nossa amizade não tem valor nenhum. Vale sim, quando você está bem, tem dinheiro e pode sair todos os dias por aí gastando com eles ou até para eles.

Estou doente, tenho desemprego, acho que é contagioso!

Tudo o que eu preciso (eu e muitos outros na mesma situação) é de somente uma oportunidade, para mostrar o quanto posso ser útil e o posso agregar. Mas não tenho “sobrenome” e nem sou filha de alguém “conhecido”, isso diminui 100% minhas chances de conseguir algo por aqui.

Não sou hipócrita em pensar que isso acontece apenas em minha cidade, mas como vivo aqui, sei o que se passa. Jales é realmente uma cidade muito estranha…